Sanções provocam movimento pela saída de Portugal da União Europeia

Movimento Alternativo Socialista (MAS), oposição à esquerda do governo do socialista António Costa, já defende referendo sobre permanência no bloco e na zona do Euro.

Um “Brexit português” é improvável, mas para a deputada do Parlamento Europeu Marisa Matias, do Bloco de Esquerda (BE), a recente sinalização de que a União Europeia (UE) vai aplicar sanções contra Portugal e Espanha abre margem para o aparecimento e crescimento de movimentos pela saída.
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Em entrevista à Sputnik, a eurodeputada afirma que “é a desigualdade que está a matar a UE” ao comentar a recente notícia de que o país será penalizado por não ter cumprido a meta de redução do déficit.

“O governo anterior foi inexcedível na aplicação das medidas acordadas com a troika e com as instituições europeias como, aliás, foi reconhecido em todas as avaliações e em inúmeras declarações de dirigentes europeus. O problema é que essas medidas foram contraproducentes, tendo provocado uma recessão econômica fortíssima que sabotou o ajustamento. Na realidade, só na sequência de decisões do Tribunal Constitucional português anulando medidas de austeridade é que a economia reanimou, com efeitos positivos nas contas públicas”, avalia Marisa Matias. Ela afirma que acha as sanções “absurdas e indignas” porque “penalizam o novo governo, e mais uma vez o povo português, pelos resultados das políticas do governo anterior que as instituições europeias apoiaram e elogiaram”.

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